Neste Aterro virtual, despejo minhas impressões deste mundo insólito. Avisem aos catadores, pois eles sabem que em meio a entulhos e monturos sempre se tira algo que preste. Vou tentar descarregar aqui, de maneira irrestrita o conteúdo de minha cabeça, cachola, que esta sempre a transbordar.

Warlen Dimas

quarta-feira, 30 de maio de 2012

CENA I - " OS CARAMUJOS CYBER-PUNK´S EM..APARENTEMENTE AINDA MEIO ASSIM

_Parece que vai parar de chove né?!...
  Ele caminhou até a janela abrindo- a um pouco ficou calado olhando pra fora mas como que só escutava,ela continuou...ta com cara que lá fora vai fazer um tempo bom,di cara boa,vai virar depois desse aquaseiro de coisas um dia bunito né?!...
_Eeeeee...foi tudo que disse uma longa e arrastada vogal que só terminou quando se sentou no sofá novamente ao tempo em que ela voltava a falar...
Sera que ainda temos lenços em casa?! me lembra de por na lista eee pasta di dente também,essa que esta ai e a ultima...eu estou ti vendo?!nossa eu vejo você! vejo você e parece, me parece que vejo pela primeira vez,será porque ontem eu limpei os espelhos e eu me lembro de ter escancarado as janelas cá de mim no dia daquele tempo onde parecia vir a se tão bunito...
_Cade minha cueca?!aquela box preta desfiada cê viu não?! eu tenho essa cueca desde 2008...será que ele virou o sesto di novo?!...ontem foi feriado ne?!i di que mesmo?!...o,segunda e dia de terapia,eu to até gostando sabe,é bom,muito bom acho que todo mundo deveria fazer ter acesso,ser tipo requisito obrigatório pra ganhar...alias deveria ter uma "Bolsa Terapia"cê num acha não?!hein?!...antiontem eu, me sentindo muito avontade contei assim,muito naturalmente que venho usando drogas e sabe oque meus terapeutas fizeram?!...
_Não oque?!
_Buscaram me convencer a usar outras drogas,diiii outras marcas,outras cores,formas,cada qual com sua verdade em sete vezes sem juros e eu ganho dois messes grátis se indicar um amigo,vou ligar o computador,cade o computador?! ae me esqueci que vendemos...
  Terminando o que lá fazia do que fazia todos os dias em guase sempre aquele horário,ela si sentou ao seu lado conferindo-lhe o tamanho das unhas dos pés...voltando a falar meio que pra si,meio que pra ninguém...
_Ontem antes de estarmos aqui foi tudo tão corrido né?! e antiontem também,igualzinho...cê num acho isso tudo meio estranho não?!...
_Meio estranho oque?!
_O dia de hoje ser tão igual ao di ontem,o dia que esta passando,você as vezes vê tudo,mais ta tudo lá...longe distante,tem dia que eu acho que estou com alguma coisa aqui dentro o...na cabeça, acho que ta tudo tão estranho...ontem eu sonhei que assinava um contrato com extra terrestres que me abduziam como que um trabalho por aqui de segunda a segunda eles me levavam pra um outro lugar...quando acordei me lembrava ainda di tudo,chero,cor uma sensação de ter vivido algo tão bom...algo que esperei como naquele dia que não veio...que dia foi esse?!..._Outro dia eu estava assim,desse geito...uma dor na cabeça,agulhada no estômago uma dor em tudo,uma vontade danada de parar,simplesmente parar...talvez era a poca umidade esse abafamento todo entre nós você não percebeu?!...o tanto de mentiras que inventamos,parece brincadeira de quando eramos pequenos,só que fingimos ser preciso ter para sermos sei lá,felizes...eu cada dia acho mais que agente continua sempre brincando,brincando de banqueiro, de cozinha, de homem bomba carrinho di friquição..."Eu vou ser o moço três vezes formado em uma ciência exata que me pague bem!!e a felicidade?! a ela vem depois..."acho que no fundo,por detrás de tanto" parecer" somos assim...
_Nossa...será que eu sou, será que eu tenho sido igualazinha minha mãe!? si ela foi igual minha avó em tudo,sem tirar nem por...ai será que eu do conta de ser só eu meu deus?!...outro dia eu vi você...
_Com certeza não era eu,que dia foi?!
_Outro dia...
_Não era eu,eu quase não saio.
_Mais era tão parecido esse você que vi,você falava alto ria muito e alto também...
_E e pode ser, eu to mais expansivo de uns tempos pra cá,mas jamais do jeito que descreveu, meu sorriso predileto e aquele que nunca mostra os dentes lembra?! algo assim...ah!! e depois sempre dou um muchocho é quase um vicio meu hum...
                                  ( continuo isso se amanhã vir a ser aquele dia que rs...)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

KAFKANEANDO NO ALTO DA LAGE

" U m trapezista - sabe-se que essa arte praticada nas alturas da cúpula dos grandes teatros de variedades é uma das mais difíceis ao alcance do homem-havia,a princípio apenas como um esforço em busca do aperfeiçoamento,mais tarde também por um costume tirânico,ordenado sua vida de modo que,enquanto trabalhasse em uma única temporada,pudesse passar dia e noite em cima do trapézio. Todas as suas necessidades,aliás muito pequenas,eram atendidas por empregados que, trabalhando em turnos,observavam lá de baixo e faziam descer e subir,em vasos construídos para esse único fim,tudo o que fosse necessário lá em cima. Esse modo de viver não acarretava nenhuma dificuldade significativa para as pessoas que o rodeavam,apenas incomodava um pouco,durante os outros números do programa,que ele como não se podia deixar de notar,permanecesse lá em cima e que apesar de quase sempre se manter em silêncio nessas ocasiões,de vez em quando um olhar da plateia se desviasse em sua direção.
Contudo,os diretores perdoavam-lhe a falta,pois era um artista excepcional,insubstituível. Todos também percebiam que o trapezista não vivia assim por capricho e que só assim poderia manter-se em exercício constante,só assim poderia resguardar a perfeição de sua arte....
                                                                                       Trechico de Primeira Dor de Kafka- do livro Um Artista da Fome....necessário e  um certo modo compôs também o texto que vira daqui pra baixo...manda vé enquanto ta quente....                         KAFKANEANDO NO ALTO DA LAGE

               Ao chegar em casa e depois do banho digitar meu nome na maquina,nada vai encontrar,nem mesmo as referencias pelo simples fato deu não estar ali em sentido de arquivo nenhum,sem recados,fotos tudo deichado a breu e di molho a tanto tempo que a água deichou de ser,as portas e janelas foram serradas,portão a cadeado,mato crescido inevitavelmente em reação ainda natural como de um lugar somente.
        Onde as vezes se perdem ou si deicham pelo que será interpretado por uma maioria como..." Aquele lá coitado,si perdeu...".
        Onde já eu ali estirado a rede,descansando copos de uma limonada Suiça hummmm eram os primeiros dias depois que saquei fundo de garantia e os quase doze messes onde quase sempre atrasado batia meu ponto vestido de um azul já desbotado, de tanto que usou oque no primeiro dia me desejou sincera boa sorte...
        Mais agora eu alí estirado,descansando o peso de meu corpo mal nutrido e ainda sim explorado até seu ultimo sopro,sugado por guase um ano de uma vida quando não são todos...sem nem ao menos convenio medico e odontológico pra que eu possa responder desde o primeiro emprego de carteira assinada ao primeiro que me perguntar... Ai paga bem lá?! no que responderei, num misto de ostentação talvez revolta em apenas dois messes,resignação passada o tempo da experiência e a efetivação eu poderia vir a responder completamente alienado e satisfeito...Ah! o salário não é lá essas coisas não mais tem o plano di saúde que já ajuda né...
        Não tinha nem isso esse lugar antigo  por estive antes,até que não aquentei,mas não por isso,não pelas dores no corpo que si recupera depois de uma noite mais por algo mais intimo ainda depois de tanto tempo do nocaute das palavras ditas,eu sabia na real os porquês daquele meu estado febril e não foi porque fui ao quintal depois do banho nem pelo pé descalso e a cara na geladeira de dez em dez minutos naquele abrir só pra ver o que tem dentro...
        Estado tão presenti e solicito que por vezes não sei quem era arrastando o chinelo as trés da manha batendo portas com o radio do celular ligado no auto-falante tocando Marina Lima,pintando quadros de pouca cor.
       Outro dia eu botei a cabeça pra fora da janela e vi di longe um vulto na lage do vizinho da frenti olhando a lua refletida nas poças d água aqui e ali,ouvindo o que si escuta só di noite eramos nós tomando um trago antes de dormir,sumir de novo cada qual pra dentro do que é seu ou emprestado,alugado barraco ainda só no reboco você enchergar o que quiser nas paredes onde a massa fez raiva pra fica...
       As cartaz enviadas continuaram a voltar com a mesma justificativa, pelo simples fato di eu não querer ainda ser encontrado....
           
                                                                                        W.Dimas Marques - 15/05/12  ás  23: 43

                






terça-feira, 8 de maio de 2012

Da familia que não me lembro...Seu Leontino Dimas,meu avó

...CLaro!oh! se eu pudese escolher si tiveci assim na minha mão oh!!oh!! eu num tava aqui e di jeito nehum,manera que tava eu e a veia é queto sussegado embrehado nos dois numa roça dessas num meio desses mato ainda sem dono purque tem ainda tem muito mato sem dono tem... e so não desisti assim em pocas legua i ir embrehando né?!embrehando,embrehando pra vida a fora busca o costume di te os dia e as ocasião di busca  o pucadique do quere di festas...

 Esse é so um trecho do inicio de toda resposta que durou em seu todo quase uma hora ou mais,e que me foi dada por um sehor que ninguem nunca soube com certeza afirmar onde ele morou soube,nada so como pediu para ser chamado, " Leontino Dimas " e lhe estendia uma mão de dedos magros,compridos...
 Seu Leontino era um sehor dos seus setenta e poucos anos pele seca repuchado de  sol, ele era um catador de papelão o que segundo ele era para enteirar na aposentadoria,as vezes ele pasava por aqui com uma montaha de papelão de quase dez metros no carrinho que puchava pra lá e pra cá subia as seis e sempre decia lá pelas oito da noite isso era todo dia exceto feriado santo ai ele também nunca apareceu...ouve uma vez que não sei quem aqui do bairro perguntou pra ele depois numa segunda si ele era muito religioso no que ele respondeu sempre muito tranquilo... Olha,ele começou eu já fui mais sabe?! di uns ano pra cá eu ando acreditando mais e em deus viu... hoje tudo virou os negocios do homem né?!...
    Teve uma noite que eu voltando  de onde não me lembro mais encontro com ele parado debaixo de um poste o carrinho arriado e ele meio que dependurado por uma das astes da carroça...Aconteceu alguma coisa seu Leontino?,sempre! sempre está acontecendo...eu vi que aquilo seria outra longa conversa em resposta olhei a volta buscando uma pedra um caixote pra fazer di banco encontrei um tijolo...
 No meu caso,proseguia ele,oque acontece e qui eu to aqui pensando no meu oficio sabe? nas pessoa qui agenti encontra sei que tudo e da vontade di deus mais tem dia que eu evitaria de bom grado todo o constrangimento que sinto guando pucho meu carro ganha pão por ai por esses bairro que di nobre só o nome e olhe lá! eu nesses ano todo  nunca vi homem perfeito desse mundo não,to pra ve também mudano o asunto,e genti mais perfumada que essas desses bairro caro,es pareci teme o suor tanto guanto espiritu trevozo a luz...
     Eu fiquei olhando pro carrinho cheio umas molas dependuradas uma enceradeira uma boneca suja todo um amontoado de coisas que eu nem sei, eu olhava di volta pra ele e o olhar já não era o mesmo que o via eu,eu caminhava com ele por esses lugares eu estava em seu,sintia o que sentia,ele continuou...
   Olha,não sei si é por causa da idade ou ignorança minha mesmo ou os dois ! mais sei que nu meio de tanto cheiro caro eu sinto e forte de chega a mi doe a cabeça e o cheiro de orgulho,vaidade essas coisa ainda estão não so nessa gente mitida a besta não,esses sentimento ainda nos governa por dimais e muito viu?!...e olha pensando nas volta que dou por ai, eu num troco meu barraco meu cantopor todo esse luxo não,prefiro o lixo na porta as gotera na telha,outro dia minino,uma sehora dessas que faz tudo quanto a di cirurgia pra parece mais moça,ela mal botou o olho em mim e ja foi se agarrando a bolsa que mais parecia uma muchila di viaji de tão grande mais oi proce ve,depois que ela passou fiquei pensando cumigo será que ela penso que eu nessa idade iria lhi toma a bolsa e sai correndo nu meio dus carro igual os mulecote du centro?!e di rir...mais hoje eu aceitei que é também pelo reflexo do vidro escuro dos carros que nos reconhecemos ainda como iquais os mesmo primitivismo no que pensamo,no que falamo uns com os oto,oque fazemos ca com a gente cada qual di nos com suas particularidade e aqui fora com o que é da sua mesma raça dois olho boca duas perna iqual você, e nesse eu mi aceitando aceitei esse mundo aceitei e não quis mais mudar ninguem,agora até chega esse dia isso quando chega,pra mim foi como mi tivecem trocado os olho ce ve que o mundo não é so isso...

  Quando por acaso pasei meus olhos pelas horas só na terceira vez acreditei que já beirava...
  Nossa!já são quase meia-noite!!...
Nisso seu Leontino já si enterrompeu preocupado exclamando...eu vo da um chego lá em casa já é quase outro dia! já e quase outro dia, durmi um poco enguanto é noite...
 Seu Leontino Dimas si foi....

  Meu avó,Leontino Dimas também já si foi lá pro lugar de seu merecimento antes que eu tivese tamaho pra quardar na lembrança a sua imagem... mais com esse texto eu lhe dou forma eu escrevi buscando a cada palavra mi responder...Si meu avó estivece aqui ainda vivo eu gostaria que assim...

                                       W.Dimas Marques.










}

sexta-feira, 4 de maio de 2012

DO QUE FALAM AS COISAS


As vezes pareci que em tudo há um som, que nada está ali inerti desprovido de energia,mudo...
Existe no silêncio uma harmonia uma sinfônica insesante das coisas do mundo,e no silêncio do verbo onde mais se escuta...


"Além da floresta de ácaros em meu sofá vermelho claro de poeira e toda fauna estranha a rastejar arisca pelos cômodos em cinza de todo segundo andar, dois quartos,sala e onde será o banheiro ainda inacabado guardamos tralhas que sempre achamos que um dia vamos precisar e a coisa vai ficando lá...se tornando invisível aos nossos olhos que no decorrer dos anos vão si deichando tomar por uma especie de incredulidade deicham de ver...

Ligado a tomada o tubo de imagens me dizia a todo momento que a reflexão das coisas do dia são uma grande perda do meu tempo,por que semanas forçando os olhos em busca de achar outras influencias em livros?! por que esse querer si ouvir na recusa em falar?! esse silêncio...

O estalar do punho e dedos a língua seca passeando pelo céu da boca o som do cair de algo que não si vê os vidros que tremem o guarda roupa que estala o cão que lati respondendo ao latido anterior ao seu por simples educação talvez o deslisar da esferografica sobre as folhas do caderno guardado pra noites em que estamos assim...o desejo é o di só ouvir...
                                                                                 W.Dimas M.