Neste Aterro virtual, despejo minhas impressões deste mundo insólito. Avisem aos catadores, pois eles sabem que em meio a entulhos e monturos sempre se tira algo que preste. Vou tentar descarregar aqui, de maneira irrestrita o conteúdo de minha cabeça, cachola, que esta sempre a transbordar.

Warlen Dimas

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

EFERVESCÊNCIA EM COPO TIPO AMERICANO ROLANDO LADEIRA ABAIXO

Pra muitos estes dias são assim, devem ser assim e se posivel muito mais, será mesmo?! estés dias tão aguardados devem ser aproveitados de tal geito?! cada um faz de seus dias o que que bem quer e lhe da na telha, sim concordo é um direito...não tenho em tais palavras que formam o texto que virá pretenção de critica e sim de "relato" digamos,  uma vez que já fiz destes dias tudo isso e muito mais, hoje tais proveitos não mais me satisfazem só isso, fiquem então com minhas " lembranças" de quando os carnavais eram outros....

"Me sinto mal ou não?!... diante tamanha efervescência eu levo até os lábios ressecados toda uma espuma artificialmente branca a borbulhar em copo tipo americano , passado alguns minutos lá vai eu de novo, de sorriso torto, olhar de vivo-morto...já é normal me sentir assim em um interminável carnavel daqui pra lí a embriagar corpo, espírito...mente cala essa boca incansável agora !!... vira esse copo e se deixe levar por aclives e declives, sinta a melodia, escuta essa letra que parece tanto com a do Carnaval passado, retrasado, reetrasado... " Eh ! ré,ire! baracunde ! dumba ! bunda ! ire ! pressão! pressão ! pressão!!..."
Me sinto mal ou não?! um tal mal que ontem me fazia tão bem, pois pulei e dancei como se brasas fossem as velhas pedras informes e sinuosas feitas de igual material das mulheres que beijei e tranzei sem culpa e medo algum em plena rua, eram elas todas filhas tradicionais e recatadas da terra e queriam em angustia ser de fora, e em nome dessa vontade,ilusão se permitiam a tudo e a todos, já as de fora ah! as de fora mantinham em seus lábios um sorriso estudado nas escolas mais caras, formadas, doutorandas em malícia, exibiam o que tinham de melhor no momento, suas formas e se contorciam e retorciam, quebrando e requebrando até o chão! chão! chão! chão!! chãochãochão!!!...
Me sim mal, sim me sinto e como é difícil não me sentir bem..."assim" embriagado em uma volúpia que se sustenta por mais alem que quatro dias de portas e janelas escancaradas a quem quiser entrar, carnados e desencarnados são todos muito bem recebidos, quantos a grande custo não se reprimiram até Dezembro ?! e... " Sai do chão! chão! chão! eu vou ti dar pressão! pressão! pressão! pressão!! são!são!são!...EI ! VOCÊ ME ESCUTA ?! VOCÊ ME OUVE ?! HEIN ?! NÃO ENTENDI !! EU FALEI QUE É UMA PRESSÃO DANADA NÃO ME SENTIR BEM-MAL ASSIM NESSE..." PRESSÃO! TOMA!! TOMA!! TOTTOMA!!!!...."

domingo, 2 de janeiro de 2011

EU FUI TODO MAR

No primeiro dia foram os pés, sim foram eles que levaram a todo o resto as sensações do primeiro contato...
Guando todo aquele mundo em forma liquida do que chamamos água, não lavava e levava apenas os pequenos, pequeninos, pequenicicicimos grãos do que combinamos chamar de areia em meio conchas, pedrinhas quase diamantes, bezouros virados a gritar por socorro...
Todo esse ser chamado " MAR " obra de por certo um Deus que ama incondicionalmente e existe independente nossa vontade, essa água salgada toda me levava com sigo, e se a carcaça de muscúlos e ossos se firmava como podia o mesmo trabalho em desespero não se dava de maneira alguma meu espírito que sorrindo embora cansado, acenava ao corpo e se deixava levar, levava me lavando por dentro, lá dentro, bem lá dentro mesmo sabe ?! com toda areia e sal, todo medo de trezentos e tantos dias que ainda viriam, trazendo com eles um pouco  de tudo em doses váriaveis de amor e dor, sentimentos tão distintos, próximos, e por fim inevitáveis ao nosso amadurecimento...então me leva, leva mar, lava todo eu, todo eu todinho de dentro pra fora aqui no litoral e nas montanhas pra sempre...
E no segundo dia,com mais coragem eu fechei os olhos...e flutuei, eu era aquela espuma branca que se misturava as ondas, meu corpo era todo aquele corpo em sons e imensidão em verde meio azulado eu não mais me ouvia nem quem falou depois de mim, pois acredito que os grãos de areia  também não escutam, apenas sentem como eu senti o mar.