" Não ouvides que de sentimento a sentimento chegamos á idéia.
De idéia a idéia,alçamos a palavra.
De frase a frase,atingimos a ação.
E de ato em ato,acendemos a luz ou estendemos a treva dentro de nós."
....E aqui estamos,eu,escrevendo a luz bruchulenta de uma vela a ultima e si a uso e porque este més,oque veio antes e provavelmente o próximo também não terei o numero e as cores necessárias do dinheiro a saldar,quitar,chegar lá e pá!! com as notas na boca do caixa...a conta de luz por exemplo,que não vem do nada,assim como essa angustia caustica a me corroer por dentro sádica e lentamente,uma especie de febre solar me levando ao coma ainda que a cada dia eu me sinta estranhamente lúcido...
Eu enchergava tanta verdade nesses momentos de delírio febril,e era tomado por uma fome insasiavel de criar,criando sentia que algo se recriava em mim,eu era todo escancaro"E este quem sou,meu universo intimo é este,sinta-se como que em casa,eu vou logo ali e já volta...",criando projeto o pensar em uma outra qualidade de vibrações,num mundo em que de segunda a segunda acredito com todas as minhas forças,entregue,e quanto mais me sinto esvair levo comigo centenas,só porque acredito...
Si agora escrevo,convertendo as imagens da cachola em letras e palavras mal escritas e por não poder atuar o que sinto neste instante...mais mesmo que me falte de um tudo,e eu me veja sem nada,nem palavra uma letra eu vou pintar,nas paredes,muros em papel Paraná,uma camada a mais sobre as tantas de minha única tela oitenta por dois...você tem ideia do preço de um painel?!,o preço de um pincel?é tudo de um valor absurdo de caro,como si esta arte e todas as outras fossem destinadas a gosto e uso de uma unica classe,os detentores de bens e meios cabendo a nós o produzir de ilusões in fetichis...
Escrevo,debulhando em um caderno sessenta folhas brochurão do mais barato que achei, a caneta por força do abito "esqueci " de devolver depois que a usei,a natureza sempre sí vira, encontrando um meio de existir plena,senhora de sí...ainda que amanhã eu despertasse paralisado eu estaria criando,criando,criando...enquanto limpavam minha bunda suja de bosta,eu iria estar lá dentro morrendo de rir descontrolado...
O Estado que cuide da carcaça que foi minha...
Warlen Dimas.