Neste Aterro virtual, despejo minhas impressões deste mundo insólito. Avisem aos catadores, pois eles sabem que em meio a entulhos e monturos sempre se tira algo que preste. Vou tentar descarregar aqui, de maneira irrestrita o conteúdo de minha cabeça, cachola, que esta sempre a transbordar.

Warlen Dimas

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

CASA DE UM SILENCIO SEM COR -

          Noite seca de um sábado com cara de outro dia...pelas paredes manchadas de toda casa cruzavam pequenas formigas que vinham e iam em seu fazer só seu sempre a si tocarem como quem diz...
"_ Oi e você?!....
_ Sim,ainda sou o mesmo e você pra onde vai assim tão determinado?!
_Ainda não sei,só estou seguindo os que vão a minha frente...".

       Pelos cômodos de toda a casa mosquitos insásiaveis zumbiam sarcarticos,não aguardando mais o apagar das luzes como antigamente,entorpecidos d sangue,rolavam pelo lençol amarrotado soltando frouxas gargalhadas que eu não ouvia,mas as imaginava ...ainda mais porque lá fora o cão mais novo arranhava o portão menor,na persistente esperança di ele o portão,si encontrar só encostado e abrindo  poder ele,não atendendo por nenhum nome ser só cão...

     E por que nós não abrimos as portas?! não somos os bipedis? os seres pensantes? os que com a capacidade de construir manualmente,capazes de inimaginaveis construções mentais, os que si consideram deuses...
     Por que nos agrada ainda esse transitar lento e disritimado sempre a ceder a parar estacar de repente e lavar compulsivo o rosto com água e sal?!...
     E senhoras,senhores ai em sua polttrona giratoria comprada no Topa-Tudo mais barato da Via expressa eu vos afirmo plenamento encharcado até os ossos de pesar e insatisfação...               Da grande luta prevista pra ser até a morte ninguém viu o erguer triunfal do que podemos vir a ser,por que não abrimos as portas?!...as comportas de todo potencial represado pelo pão nosso dos dias pasados a seco...

    Quem passa enfrente,si olha pelo que vê acredita não ter ninguém em casa e a muito tempo,percebe um mato verde,revolto, vigoroso a crescer por entre as inúmeras rachaduras do piso vermelho xadrez e que enormes tumores de mofo tomaram a fachada que a idos anos era de azul tão vibrante que sí acabou,recolheu pra sí suas raízes e em silencio sem cor morreu com as margaridas que existiam aqui...
                                                                         ( continua)