Neste Aterro virtual, despejo minhas impressões deste mundo insólito. Avisem aos catadores, pois eles sabem que em meio a entulhos e monturos sempre se tira algo que preste. Vou tentar descarregar aqui, de maneira irrestrita o conteúdo de minha cabeça, cachola, que esta sempre a transbordar.

Warlen Dimas

sábado, 18 de agosto de 2012

Antes de depositar suas esperanças em voto nas mÃOS DA CLASSE DOMINANTE LEIA ISTÓ...

Pra si entender nosso tempo...E antes de depositarmos nossas esperanças nas mãos da classe dominante...
      Dialética era na Grécia antiga, a arte do dialogo. Aos poucos,passou a ser a arte de no dialogo,demonstrar uma tese por meio de uma argumentação capaz de definir e distinguir claramente os conceitos envolvidos na discussão.
    Aristóteles considerava Zenon de Eléa ( aprox.490-430 a.c.) o fundador da dialética.Outros consideravam SÓCRATES (469-399 a.c.).Numa discussão sobre a função da filosofia(que estava sendo caraterizada como uma atividade inútil) Sócrates desafiou os generais Lachas e Nicias a definirem o que era a bravura e o politico Caliclés a definir o que era a politica e a justiça,para demonstrar a eles que só a filosofia-por meio da dialética - podia lhes proporcionar os instrumentos indispensáveis para entenderem a essência daquilo que faziam,das atividades profissionais a que se dedicavam.
    N a acepção moderna,entretanto,dialética significa outra coisa: é o modo de pensarmos as contradições da realidade,o modo de compreendermos a realidade como essencialmente contraditória e em permanente transformação.
     No sentido moderno da palavra,o pensador dialético mais radical da Grécia antiga foi,sem dúvida,Heráclito de Éfeso(aprox.540-480 a.c).Nos fragmentos deixados por Heráclito,pode-se ler que tudo existe em constante mudança,que o conflito é o pai e o rei de todas as coisas. Lê-se também que vida ou morte,sono ou vigília,juventude ou velhice são realidades que se transformam umas nas outras.O fragmento n 91,em especial,tornou-se famoso: nele se lê que um homem não toma banho duas vezes no mesmo rio.Por quê? Porque da segunda vez não será o mesmo homem e nem estará se banhando no mesmo rio(ambos terão mudado).
    Os GREGOS acharam essa concepção de Heráclito muito abstrata,muito unilateral.Chamaram o filosofo de Heráclito,o Obscuro.Havia certa perplexidade em relação ao problema do movimento,da mudança.O que é que explicava que os seres se transformassem,que eles deixassem de ser aquilo que eram e passassem a ser algo que não eram? Heráclito respondia a essa pergunta de maneira muito perturbadora,negando a existência de qualquer estabilidade no ser.Os gregos preferiram a resposta que era dada por um outro pensador da mesma época: Parmênides.
         Parmênides ensinava que a essência profunda do ser era imutável e dizia que o movimento e dizia que o movimento( a mudança) era um fenômeno de superfície.
           Essa linha de pensamento-que podemos chamar de metafísica-acabou prevalecendo sobre a dialética de Heráclito.
           A meta física não impediu que se desenvolvesse o conhecimento cientifico dos aspectos mais estáveis da realidade(embora dificultasse bastante o aprofundamento do conhecimento cientifico dos aspectos mais dinâmicos e mais instáveis da realidade) .
       De maneira geral,independentemente das intenções dos filósofos,a concepção metafisica prevaleceu,ao longo da história, porque correspondia,nas sociedades divididas em classes,aos interesses das classes dominantes,sempre preocupadas em organizar duradouramente o que já está funcionado,sempre interessadas em "amarrar" bem tanto os valores e conceitos como as instituições existentes,para impedir que os homens cedam a tentações de querer mudar o regime social vigente...
      A CONCEPÇÃO DIALÉTICA foi reprimida,históricamente: foi empurrada para posições secundarias,condenada a exercer uma influencia limitada.....
       Espero com esta "introdução" clarear um pouco os olhos desses que por aqui passarem de leve de muito...e que antes de depositarem suas esperanças nos Patrusis e cuscuz da vida reflitam históricamente sobre o presente...
                                                           W.Dimas Marques.
                        ( Fonte:Oque é dialética de Leandro Konder)