Neste Aterro virtual, despejo minhas impressões deste mundo insólito. Avisem aos catadores, pois eles sabem que em meio a entulhos e monturos sempre se tira algo que preste. Vou tentar descarregar aqui, de maneira irrestrita o conteúdo de minha cabeça, cachola, que esta sempre a transbordar.

Warlen Dimas

domingo, 8 de julho de 2012

A MEIO DEDO DA TERRA

                                     O indicador direito em riste,ordenado e claro por mais uma vez por mim,adentrou até as duas linhas de seu meio,uma terra úmida se fez sentida por meio desse pouco de pele adentrado em terra cuidada por minhocas epiléticas,o que lá entre elas não era disfunção na ripombeta da parafuzeta dos ligamentos do sistema nervoso não,era a escolha certa de um existir sem si abandonar.

Diferentemente vivemos nos aqui em cima a deichar passar despercebido a imagem por trás do emoldurado em tinta e tecidos, olhos,o som que faz o caule das folhas a anunciar as formigas predispostas que é chegada a hora de colher que a chuva já chegou m cheiro...

                                        Enquanto ainda que nós não sentimos,desejamos e o desejo de hoje amanhã não nos serve mais, porque não temos mais o tempo do  deichar madurar, e enquanto for assim nunca ninguém vai ouvir o cântico de gratidão que fazem pela manhã as flores a si entregarem abertas em suas tantas cores e formas intimas não,flores ?! que flores?!...
                         Eu, eu mesmo me atirei a imensuráveis meio dedo da terra,de toda essa terra mal cuidada em regras tortas,  terceirizada,onde nos fazemos mão di obra escrava seja na obra trepado em andaimes sujos de massa ora nos palcos do aplauso do pão,do calcanhar rachado da canela russa terra enterrada,concretada em lapide de estradas em preto e branco eu,eu me atiro ainda que manco ainda que eu depois da esquina no meio de um dia desses fraqueje e me perca em dois minutos de um século...
                 Pra só depois, de um mais tarde imprevisivel o desprendimento se faça sincero,pleno,depois de todas as vidas que tive e o que delas fiz...eu semente a me atirar em cova raza só pra renascer mais depressa,irrompendo em outra terra,pois sim será outra terra passado por nós o tempo necessário,o de agora em terra seca, úmida...
                                                            
                                                            W.Dimas
                                       08/07/2012
 Dedicado aos amigos da jornada, da correria pra cima, aos que vivem de nariz ralado,porque o caminho estamos sabendo é estreito...