Neste Aterro virtual, despejo minhas impressões deste mundo insólito. Avisem aos catadores, pois eles sabem que em meio a entulhos e monturos sempre se tira algo que preste. Vou tentar descarregar aqui, de maneira irrestrita o conteúdo de minha cabeça, cachola, que esta sempre a transbordar.

Warlen Dimas

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

UM SOFÁ, OLHOS FIRMES E LÁBIOS DE MAR

  E DEPOIS DE TANTO CHAFURDAR POR ESTE NOSSO ATERRO RETORNO AO TEMA INICIAL DESTE BLOG O " AMOR" SIM O AMOR QUE AFINAL ESTÁ EM TUDO E EM TODAS AS RELAÇÕES, TODOS O VIVEM E TODOS O QUEREM VIVER, ATÉ ESTE QUE AQUI ESCREVI QUASE QUE TODAS AS SEXTAS-FEIRAS, AS VEZES ANTES OU DEPOIS...E COM ESTE TEXTO DIGAMOS SOBRE A TIMIDEZ INAUGURO UMA SERIE SOBRE ESTE SENTIMENTO TÃO COMUM E AO MESMO TEMPO ALMEJADO,SOBRE UM QUERER,QUE AS VEZES NEM SABEMOS O NOME,UM ALMEJO DE ALGO... POIS TODOS, BRUTOS, DELICADOS, SINCEROS E MENTIROSOS, TODOS O QUEREM, NEM TODOS O TERAM , NÃO DO GEITO QUE ALMEJAM....TA AI TEXTOS DE " QUASE" AMOR...

E depois de messes de uma obstinada observância, de me procurar com os olhos aflitos e expressar por estes todo um alivio ao me ver.
De nos encontrarmos aqui e ali, acasos que se fizeram formais de tão corriqueiros,cumprimentos rápidos,olhar fugidio,esquivo,tímidos monossilábicos,ele depois de messes caminhou até mim.
Veio em passadas lentas,guiadas por um olhar firme que sustentava toda sua insegurança,pareciam ter tomado longo fôlego de coragem,aqueles olhos que sobrepujavam toda falta de jeito,timidez.
Um sofá de dois lugares nos separavam, trinta,vinte passos que se triplicavam a cada um dado.
Mas ele enfim chegou, me agarrou o braço puxando meu corpo que tremulo não mofereceu resistência,colou-o ao seu, sua boca a minha e a reação mais brusca que tive foi a de fechar os olhos e seguir o movimento ondinico de seus lábios, um mar em fim de tarde, calmo indo e vindo, esqueci-me de todos a volta, murmúrios,risos....
E a pressão sobre meus braços foi diminuindo pouco a pouco, a onda vinha e ia foi e não voltou, me largou, abri os olhos, as pernas tremiam, algo me obstruir a voz que não via por onde sair, o raciocínio as presas se reorganizava, e ele parado a minha frente, parecia em seu ato ter gasto todas as energias, estava pálido.
Seu olhar já não era firme, parecia esperar resignado, esperava quem sabe de minha parte como de alguns olhos em expectativa uma reação violenta como xingar, gritar, um tapa e todos até aplaudiriam em êxtase mais nunca...." Como você demorou?!..."
Quando dei por mim já havia dito, ele me sorriu.