Passos pesados de um caminhar e subir por subir buscando dormir porque todos assim o fazem, se é assim se somente assim o silencio se deixa calar ao meu lado, dando me o descanso necessário o descanso em nome e amor a Deus o senhor, permita que deste mundo eu me ausenti pelo tempo necessario...
Me deixa sonhar que em minha calva adubaram os vasos capilares e que deles agora brotam de toda oleosa superficie, fios coloridos de plumas de aves já extintas, me deixa voar viajar que agora neste momento que aqui escrevo eu escuto e converso com toda fauna que abunda em meu carpete onde descanso havaianas remendadas com grampo, manchadas pelas fezes de " Christian" , nosso cão fila que a noite, só reconhece as pessoas e o mundo pelo cheiro.
Olha escuta o silencio que boceja nas dobradiças dos quartos, sem gravata e pincel, ele não diz nada, nunca se ouviu de sua parte a pronuncia de uma palavra, calado beija sua nuca, você sorri interpreta , fala que sim esquecendo de mãos dadas a razão se atiram em abismo insondável de um mudismo inquebrantavel, fortalecido a duras penas com o passar dos dias de muita ausência...
Repara, o silencio esta no banheiro e pelo o que lhe conheço vai entrar com um livro em uma das mãos...passou o trinco, abaixou a cueca, fez o que todos fazemos interrompendo a leitura na pagina duzentos e dezessete...lavou intrigado as mãos pois ao se olhar no espelho não soube dizer a si mesmo quem era aquele a lhe encarar, assustado buscou falar alguma coisa mais por mais que movesse os lábios num ensaio de articulação nada saia, nada alem do silencio quebrado escandalosamente pela descarga, agora ele sobe devagar a escada, aposto que pensando no quão estranho ele é pra si mesmo em todo tempo de não presença por onde andei meu Deus?!...desde quando?! e por que?!...
Entrou em seu quarto trancando a porta repetiu ansioso por respostas a ladainha, apagou sua luz e por mais uma vez dormiu.
Neste Aterro virtual, despejo minhas impressões deste mundo insólito. Avisem aos catadores, pois eles sabem que em meio a entulhos e monturos sempre se tira algo que preste. Vou tentar descarregar aqui, de maneira irrestrita o conteúdo de minha cabeça, cachola, que esta sempre a transbordar.
Warlen Dimas
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quinta-feira, 16 de junho de 2011
sexta-feira, 10 de junho de 2011
SINFONICA DOS TRAPOS
Nos fundos do lar nos varais estendidos em uma sequência de ações compulsivas, estendia, retorcia, lavava e novamente estendia em silencio de terra seca de céu sem nuvens as camisas encardidas de cores desbotadas, meias de elástico frouxo, cuecas furadas me acompanhão guardando o desejo voltado sempre a esquerda de quem vinha, poderia ao subir seus lances de escadaria intransferivel si ver sobrepujando a si mesmo no mais lindo delírio alimentado pelas dores de alma velha que se sustenta de pé arrastando sempre pesada e perecível matéria.
Nos varais estendidos, estendendo camisas ao lado de calças e abaixo bermudas, compondo em vestes da rotina notas musicais da canção que encenávamos, o casal perfeito o que sempre tudo vai bem, se nem os refretores mais potentes nos alcançava o olhar, juntos sim, unidos nunca estivemos, no que foi nosso conviver um monologo entre surdos, atentados da rotina, auto- sabotagem, existiu sim, uma sempre expectativa que um dia fosse, falasse,sentisse, abraço seguido de beijo e me cuida?!...Não nos cuidamos, fomos nos deixando acreditar que seis messes eram como se já juntos a mais de seis anos, relação de cenário, flores de plástico, dançamos juntinhos tantos sábados a noite na cozinha eu lavando os pratos, você estourando pipocas, sorrindo um pro outro...era tudo combinado, ensaiado, dedicamos toda a nossa energia em terra estéril,apenas queríamos que fosse que acreditassem...
Que não eram trapos oque estendíamos deixando a vista de todos, poesia no lugar de magoas de um..." Esta tudo acabado do nada que entre nos nunca chegou a existir ".
Nos varais estendidos, estendendo camisas ao lado de calças e abaixo bermudas, compondo em vestes da rotina notas musicais da canção que encenávamos, o casal perfeito o que sempre tudo vai bem, se nem os refretores mais potentes nos alcançava o olhar, juntos sim, unidos nunca estivemos, no que foi nosso conviver um monologo entre surdos, atentados da rotina, auto- sabotagem, existiu sim, uma sempre expectativa que um dia fosse, falasse,sentisse, abraço seguido de beijo e me cuida?!...Não nos cuidamos, fomos nos deixando acreditar que seis messes eram como se já juntos a mais de seis anos, relação de cenário, flores de plástico, dançamos juntinhos tantos sábados a noite na cozinha eu lavando os pratos, você estourando pipocas, sorrindo um pro outro...era tudo combinado, ensaiado, dedicamos toda a nossa energia em terra estéril,apenas queríamos que fosse que acreditassem...
Que não eram trapos oque estendíamos deixando a vista de todos, poesia no lugar de magoas de um..." Esta tudo acabado do nada que entre nos nunca chegou a existir ".
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