Neste Aterro virtual, despejo minhas impressões deste mundo insólito. Avisem aos catadores, pois eles sabem que em meio a entulhos e monturos sempre se tira algo que preste. Vou tentar descarregar aqui, de maneira irrestrita o conteúdo de minha cabeça, cachola, que esta sempre a transbordar.

Warlen Dimas

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Continuação..." OS CORPOS ESTACIONADOS EM BANCOS DE ACAJU"

CONTINUANDO...

     "Neste momento, ele deve estar com um vaso médio segurado com as duas mãos e ir derrubando
  a terra devagar..."

               " Hoje mais cedo eu vi lá fora uma igreja lotada de corpos estacionados em bancos de acaju e me deichando réparar, uma moça com os olhos fechados com tanta vontade e força de quem nunca mais quer abrir,pelo medo de si decepcionar,aquele medo que nos acompanha desde criança,o de não dar conta,de o fardo ser pesado demais..." O meu deus,não terá o senhor si enganado na fração a mim destinada?! um enganozinho assim,e único...tenha misericordia senhor,misericordia...".
               Depois de ergueren-se em má vontade ao gesto de um homem a frente...

    " Livrai!llivrai!,livrai esse fardo pesado de mim ó senhor!,livraaaai! livraiiiiiiii !!....".

                E assim cantamos todos,pedindo e pedindo e pedindo sempre,nos entregamos quase nada, aos berros ninguem si escuta,de olhos tão enceguecidos ninguem sí vê,porque estão fechadas as portas...
                                                
                                         Warlen Dimas Marques
                                                                            22-11-12     

 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

CASA DE UM SILENCIO SEM COR -

          Noite seca de um sábado com cara de outro dia...pelas paredes manchadas de toda casa cruzavam pequenas formigas que vinham e iam em seu fazer só seu sempre a si tocarem como quem diz...
"_ Oi e você?!....
_ Sim,ainda sou o mesmo e você pra onde vai assim tão determinado?!
_Ainda não sei,só estou seguindo os que vão a minha frente...".

       Pelos cômodos de toda a casa mosquitos insásiaveis zumbiam sarcarticos,não aguardando mais o apagar das luzes como antigamente,entorpecidos d sangue,rolavam pelo lençol amarrotado soltando frouxas gargalhadas que eu não ouvia,mas as imaginava ...ainda mais porque lá fora o cão mais novo arranhava o portão menor,na persistente esperança di ele o portão,si encontrar só encostado e abrindo  poder ele,não atendendo por nenhum nome ser só cão...

     E por que nós não abrimos as portas?! não somos os bipedis? os seres pensantes? os que com a capacidade de construir manualmente,capazes de inimaginaveis construções mentais, os que si consideram deuses...
     Por que nos agrada ainda esse transitar lento e disritimado sempre a ceder a parar estacar de repente e lavar compulsivo o rosto com água e sal?!...
     E senhoras,senhores ai em sua polttrona giratoria comprada no Topa-Tudo mais barato da Via expressa eu vos afirmo plenamento encharcado até os ossos de pesar e insatisfação...               Da grande luta prevista pra ser até a morte ninguém viu o erguer triunfal do que podemos vir a ser,por que não abrimos as portas?!...as comportas de todo potencial represado pelo pão nosso dos dias pasados a seco...

    Quem passa enfrente,si olha pelo que vê acredita não ter ninguém em casa e a muito tempo,percebe um mato verde,revolto, vigoroso a crescer por entre as inúmeras rachaduras do piso vermelho xadrez e que enormes tumores de mofo tomaram a fachada que a idos anos era de azul tão vibrante que sí acabou,recolheu pra sí suas raízes e em silencio sem cor morreu com as margaridas que existiam aqui...
                                                                         ( continua)